segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

AS TRÊS PENEIRAS

Augustus procurou Sócrates e disse: - Sócrates, preciso lhe contar algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de, fulano de tal.. Nem chegou a terminar a frase, pois Sócrates logo disse: - Espere um pouco, Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? - Crivo das peneiras? Que peneiras?! - Sim, as três peneiras. A primeira, Augustus, é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é verdadeiro? - Não. Como posso saber? O que sei, foi o que me contaram! - Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. - Vamos então para a segunda peneira: a da bondade. O que vai me contar gostaria que os outros dissessem o mesmo a seu respeito? - Não, Sócrates! Absolutamente, não! - Então suas palavras vazariam, também, a segunda peneira. - Vamos agora para a terceira peneira: a da necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve ou melhora alguma coisa? Ajuda ou faz bem a alguém? - Não... Passando o que eu ia contar, pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada tenho a dizer. Sócrates concluiu: - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário esqueça e enterre o assunto, será uma intriga a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário maldoso sobre alguém. Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras, porque: Pessoas sábias falam sobre idéias. Pessoas comuns falam sobre coisas. Pessoas medíocres falam mal de outras pessoas. (Extraído)
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